Direitos das crianças e adolescentes: Avanços ou retrocessos? - Dissertação Argumentativa #2

Mais um texto sobre o mesmo tema e o mesmo ponto de vista. Há um repertório muito grande, sobre esse assunto, para se explorar!

No livro “O Apanhador no Campo de Centeio”, o protagonista, Holden, é um adolescente rebelde, o qual vaga sozinho pelas ruas de Nova Iorque durante um fim de semana. Nesse período, tem todo tipo de experiência ilícita enquanto realiza uma jornada de autoconhecimento. Analogamente, no Brasil atual, diversos infantes encontram-se perdidos, vivendo marginalizados, em contato com o submundo citadino. Nesse cenário, constata-se tanto avanços quanto retrocessos para a garantia de seus direitos.

Primeiramente, cabe ressaltar a proeminente diminuição do índice de mortalidade infantil no Brasil entre os anos de 1996 e 2016. De acordo com a Agência Brasil, o país teve o número de óbitos de crianças abaixo de 5 anos, por causas evitáveis, diminuído para menos da metade de seu valor original, fato comprovador da prática das medidas estabelecidas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Por conseguinte, constata-se a ocorrência de avanços no atendimento das obrigações das várias instituições sociais para com os menores de idade.

Todavia, a mentalidade predominante dentre o povo, a respeito da referida questão, ainda cerceia parte dos direitos dessa parcela da população. Para esses, tais cidadãos, envolvidos no mundo do crime, não devem ter a oportunidade de regenerar-se por meio da instrução, mas ser condenadas à prisão, tal qual ocorre com adultos infratores. Recorre-se a Marting Luther King, quando afirma ser preferível questionar o sistema responsável por condenar as pessoas à miséria a dar esmola a um pedinte, para explicitar a necessidade da mudança de paradigmas dessa porção de brasileiros. Logo, evidencia-se retrocessos em relação à problemática, no tocante às opiniões individuais sobre a mesma.

Dessarte, são notórios avanços e retrocessos em relação aos direitos das crianças e adolescentes. Apesar de haver índices positivos sobre a saúde desses no país, ainda existe a necessidade de uma mudança de perspectiva dos viventes em território nacional para com esses integrantes da sociedade. Por isso, é de incumbência do Poder Público a criação de propagandas conscientizadoras sobre o assunto, em forma de cartazes e anúncios televisivos, a fim de ressaltar a importância da família para a proteção dos infantes. Assim, espera-se ajudar pessoas perdidas como Holden, prevenindo-os contra os riscos das infrações que poderiam vir a cometer.