top of page
  • Black YouTube Icon

Mestre Irineu - Soneto

  • Foto do escritor: Dadá Amadeu
    Dadá Amadeu
  • 25 de jul. de 2020
  • 1 min de leitura


"Não preciso ler, moça. A mocinha que aprenda. O prefeito que aprenda. O doutor. O presidente é que precisa saber ler o que assinou. Eu é que não vou baixar a minha cabeça para escrever. "

- Contos Negreiros, Marcelino Freire.





Olho fixamente a tinta negra.

O cheiro impestiante que inalo,

O estalo ausente nesse meu cérebro.

Obstruído é o canal da letra.


Mansa gente, a de cabresto curto.

Massa pastosa e sebenta; sou parte.

Matemática: coisa da elite.

Mantêm assim, que é cada vez mais lucro.


Rabisco, com o casco, um poema.

Riscos, sem palavras, silêncio meu.

Repentino, retiro minha venda.


Sou nessa caminhada, burro teu.

Seu Caeiro moderno; mestre d'alma.

Sistema mau, aqui é Irineu.

Maria Eduarda Moraes Amadeu, 2020.

Comments


Vejo você por lá!

© 2023 por Coisas Encantadoras. Orgulhosamente criado com Wix.com

bottom of page